Olá, tudo bem? Eu me chamo Manu Andrade, sou Fisioterapeuta Pélvica e atuo na Bahia. Hoje, estou escrevendo esse texto pra te chamar atenção e te fazer repensar em algumas coisas que fomos ensinados que eram proibidas, mas o dia a dia está nos fazendo utilizar. Ficou curioso(a), né? Te pergunto, quando falamos em boutique sensual ou sex shops, você pensa que os brinquedos são ERÓTICOS ou TERAPÊUTICOS? Vamos entender o porquê e quebrar o tabu! Fisioterapeutas pélvicos cada vez mais têm sugerido a seus pacientes, isso mesmo, homens e mulheres, produtos que auxiliam no tratamento fisioterapêutico, mas que são encontrados apenas em boutiques sensuais ou sex shops e isso tem gerado muito tabu e dúvidas acerca da sua eficácia e o porquê de serem encontrados nesses locais. Vamos lá: quando falamos em fisioterapia pélvica estamos falando literalmente do assoalho pélvico que é o músculo que envolve a vagina ou o pênis.
15 fatos sobre a vagina
O que você sabe sobre a sua vagina? Veja quantos coisas que você não conhecia. 1. Nem toda mulher nasce com um hímen. Essa fina membrana que cobre parcialmente a entrada da vagina não é garantia, de acordo com o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG). E mesmo se você nasceu com um, praticar esportes quando criança, usar absorventes internos ou procedimentos médicos podem rompê-lo. Portanto, não ter um hímen não significa que você nunca fez sexo antes. 2. Os lábios vêm em todas as formas e tamanhos. Os grandes lábios, ou o tecido labial em torno da abertura da vagina, podem ter menos de 1 a 5 cm de largura, de acordo com a ACOG. 3. Sua vagina sempre vai ter um pouco de fungos. Mesmo se você não tiver uma infecção por fungos, ela normalmente contém parte do fungo. É somente quando seu microbioma é alterado por lubrificantes ou mesmo antibióticos que o fungo pode crescer demais e causar sintomas como coceira e queimação, de acordo com a ACOG. 4. É apenas uma parte da sua genitália. A maioria de nós usa a palavra vagina para se referir a tudo entre as pernas. Mas tecnicamente, o termo descreve apenas o canal estreito que corre dentro do seu corpo desde a vulva (a área visível que inclui os lábios internos e externos, o clitóris e o períneo) até o colo do útero (a porção inferior do útero).
Vulvodínia x Vestibulodínia x Vaginismo
Cerca de 28% das mulheres experimentam sexo doloroso em algum momento durante seus anos reprodutivos e isso é uma droga. Conhecimento é poder e Maio é o Mês de Conscientização sobre a Dor Pélvica, por isso queremos fornecer às mulheres informações úteis sobre os três diagnósticos mais comuns associados ao sexo doloroso: vulvodínia, vaginismo e vestibulodínia. Diferenciar entre esses diagnósticos é importante! Infelizmente, esses diagnósticos costumam ser incorretamente usados de forma intercambiável, dificultando o plano de tratamento da mulher. Planos de tratamento efetivos e eficientes precisam ser individualizados e a fisioterapia do assoalho pélvico é quase sempre um componente necessário de um plano de tratamento para o sexo doloroso. Embora haja alguma sobreposição entre vulvodínia, vestibulodínia e vaginismo, também existem diferenças distintas.
Vaginismo: quando o corpo diz “não”
Chamamos de VAGINISMO, a condição na qual os músculos íntimos (assoalho pélvico) se contraem involuntariamente, tornando dolorosa ou até mesmo impossível a penetração durante a relação sexual, o exame ginecológico ou outros objetos (um vibrador, por exemplo), mesmo que a mulher tenha desejo em introduzir. Aliás, algumas mulheres experimentam este sintoma até com uso de absorventes internos, uso de cremes/pomadas e/ou durante a higienização da região íntima.