A Fisioterapia Pélvica abrange muitas subáreas dentro dela. Sabemos que o Fisioterapeuta Pélvico pode trabalhar com diversos públicos desde crianças até idosos, mulheres e homens nas mais vasta lacunas como a Urologia, Sexualidade, Coloproctologia, Oncologia Pélvica masculina e feminina e Obstetrícia. Mas uma área pouquíssimo explorada é trabalhar tudo isso ainda com o paciente internado.
A minha experiência nesta seção, iniciou há pelo menos dois anos quando fui contratada a atender o paciente ainda hospitalizado e realizar a reabilitação do assoalho pélvico em um Hospital de grande porte em São Paulo, capital.
Nós, Fisioterapeutas, sempre receberemos um encaminhamento de um médico para avaliar o caso e ver se é possível o tratamento conservador naquele momento para geralmente desmame de sonda vesical e não necessidade de intervenções como lavagens ou introdução de dispositivos para melhora na questão intestinal.
A nossa atuação tem grande importância neste ambiente pois, muitas vezes, conseguimos desconectar o paciente da sonda vesical e lavagens intestinais para que ele possa ir o mais confiante e tranqüilo para sua casa. Geralmente, são casos de neurocirurgias ou cirurgias oncológicas em que o paciente sente muita dor e tem difícil independência. Nestes casos, promovemos a independência miccional e intestinal do paciente hospitalizado.
O trabalho é totalmente realizado em equipe com médico, enfermagem, psicólogos, fisioterapeutas respiratórios e ortopédicos e nutricionistas.
A Fisioterapia Pélvica Hospitalar é bastante desconhecida até mesmo para nossos colegas da Saúde, por isso o diálogo com a enfermagem (para questão de sonda vesical) e a medicina (medicamentos) são primordiais.
Os estudos na Literatura são bastante escassos, encontramos muito da prática em ambulatórios e atendimentos domiciliares que diferencia em como vamos atuar, pois, muitas das vezes os pacientes precisam ser atendidos no leito com os recursos que podemos levar até eles, estando em uso de fraldas ou sondas de alivio ou demora, isso é o que diferencia o atendimento hospitalar: as restrições do paciente.
Lembrando que esta área tem vasto campo de atuação, precisa ser bem implantada no serviço e com boas práticas e convívio com a equipe multidisciplinar nós conseguimos destacar a importância da Fisioterapia Pélvica também no ambiente hospitalar.
Dalila Duarte
Fisioterapeuta Pélvica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Graduada pela PUC-SP
Pós - graduada em Saúde da Mulher e do Homem pela Faculdade de Ciências Médicas da
Santa Casa de São Paulo.
Aprimoramento em Disfunções Sexuais pela UNIFESP.
Responsável pela Implantação do Serviço de Reabilitação Coloproctológica no Hospital
Alemão Oswaldo Cruz
dalilagduaarte@gmail.com