Endometriose: impacto na saúde sexual de mulheres

Você sabia que a cada 10 mulheres 1 tem endometriose? Sim!

A endometriose é uma doença benigna, inflamatória que provoca aderências em diversos órgãos e tecidos, como trompas, ovários, intestino e bexiga. É a principal causa de dor e infertilidade em mulheres na idade reprodutiva. O que compromete negativamente sua qualidade de vida. Embora ela afete vários aspectos da vida da mulher, hoje, quero conversar com vocês sobre as repercussões na saúde sexual dessas mulheres. As mulheres com endometriose podem apresentar dor pelvica crônica, cólicas menstruais intensas e dor na relação sexual (dispareunia).

O fato de ter dor em determinada parte do corpo e de forma crônica faz com que nosso organismo crie padrões posturais que aumentam ainda mais a tensão e dificultam o movimento e mobilidade. E quando pensamos na pelve esse comprometimento prejudica o todo! Fica ruim para tudo e como vamos conseguir ter uma vida sexual saudável?! (não estou dizendo que todas mulheres com endometriose tem essa dificuldade, lembre-se que ao controlar a endometriose você também controla os sintomas!). Como conseguir manter a libido com dor? Ter uma resposta sexual adequada com dor durante a relação? Ou com dor pélvica?! Vocês conseguem imaginar ou se veem nessa situação?! Para se entregar durante a relação sexual e conseguir desfrutar desse momento com satisfação o corpo precisa de movimento, mobilidade, menos tensão... e infelizmente, nesse ciclo de dor é difícil!

A fisioterapia pélvica (saúde da mulher) vem justamente com a proposta de minimizar essa situação...você sabia?

Ajudar para que aquela dor na relação lá no fundo (dispareunia profunda principalmente) seja controlada. Saber como funciona, geralmente quando temos dor na relação, o assoalho pélvico pode formar pontos de tensão e/ou ter dificuldade de relaxar e com o tempo vai ficando cada vez mais difícil ter relação sem dor. Não estou falando apenas do foco da endometriose ou das aderências provocadas por ela ou por cirurgias mas de uma resposta muscular que acontece com a dor durante a relação e que precisa de uma intervenção; a fisioterapia tem recursos e técnicas específicas para o manejo dessa dor... E ao pensar no padrão postural assumido diante da dor pélvica e/ou na cólica menstrual a fisioterapia também auxilia para que você tenha uma melhor qualidade de vida.

Assim, após uma avaliação completa e funcional do corpo e do seu assoalho pélvico é possível ajudá-la a melhorar sua função sexual. Não deixe de incluir a fisioterapia no seu tratamento. Vale a pena!

Texto escrito por: Rafaela Arrais Albuquerque CREFITO-4/143594F

Fisioterapeuta graduada pela PUC Minas/Betim, MG - Especialista em Fisioterapia na Saúde da Mulher pela UNICAMP/Campinas, SP. (COFFITO) - Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia em Saúde da Mulher (ABRAFISM) - Especialista em Fisiologia Humana pela PUC Minas/Belo Horizonte, MG - Formação em Disfunções Sexuais Femininas, Linfotaping, Ginástica Abdominal Hipopressiva M. Caufriez, Drenagem Linfática Manual, Estética Corporal e facial; Radiofrequência e Estética Íntima e Gameterapia Pélvica - Sócia proprietária da Clínica Fisioterapia para Mulher, Belo Horizonte/MG.

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