Os nervos hipogástricos carregam as fibras simpáticas que inervam os esfíncteres anal e uretral interno, reto e bexiga, que promovem o relaxamento do músculo detrusor e contração do esfíncter da uretra, promovendo a continência urinária.
É importante investigar disfunções do trato urinário inferior em mulheres com endometriose.
A presença de endometriose em região de paramétrios foi associada principalmente com os achados miccionais obstrutivos como obstrução infravesical e resíduo pós-miccional elevado.
Estudos recentes apontam para que a bexiga e os paramétrios sejam os locais-chave, nos quais a endometriose pode promover disfunção do trato urinário inferior.
Os três sintomas mais prevalentes foram identificados como obstrutivos (esforço para urinar, sensação de esvaziamento incompleto e intermitência).
A endometriose infiltrando a bexiga geralmente está associada a fluxo intermitente (intermitência), urgência, estrangúria, baixa complacência vesical e menor capacidade cistométrica máxima. Enquanto a doença em paramétrio está fortemente associada a esforço para urinar, sensação de esvaziamento incompleto, fluxo intermitente (intermitência), estrangúria, resíduo pós-miccional anormal, obstrução infravesical, maior pressão de abertura, menor fluxo máximo e maior resíduo pós-miccional.
A avaliação dessas pacientes deve incluir:
anamnese, data do nascimento, estado conjugal, raça, IMC, tabagismo, tempo da dor, presença de dispareunia, dismenorreia, dor em hipogástrio, disquezia (menstrual e fora da menstruação), escala visual analógica de dor.
Além da avaliação de sintomas do trato urinário inferior.
Texto escrito por: Renata Buere
Especialista em saúde da mulher
Mestranda em ginecologia.
Coordenadora do serviço de DPC do Hupe. CREFITO-2/44065-F
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