Incontinência urinária

Perder urina quando se faz algumas atividades (leves ou pesadas), mesmo que em gotinhas ou uma vez ou outra, é considerado incontinência urinária. Mas por que isso acontece?

A razão para que as perda urinárias aconteçam muitas vezes é devido ao assoalho pélvico enfraquecido. Quando a mulher está acima do peso, está no climatério, é idosa, tem doença respiratória crônica, fuma, é gestante ou teve muitas gestações, o assoalho pélvico sofre danos. Outra coisa é que independentemente se o parto foi cesárea ou normal, o problema também pode aparecer, porém, as mulheres que tiveram parto normal ou ficaram em trabalho de parto por muitas horas são as mais susceptíveis a ter o problema.

Além de dependerem da disponibilidade de banheiros, algumas mulheres acabam se isolando socialmente, pois deixam de fazer suas atividades como ir ao supermercado, sair para festas, ir à igreja, fazer esporte ou brincar com as crianças com medo que em algum movimento, espirro ou risada a urina escape, ou que todo o conteúdo da bexiga saia, causando grande constrangimento.

Esse tipo de perda urinária que estamos falando é classificada como incontinência urinária aos esforços. Existe um exame médico chamado estudo urodinâmico que ajuda o médico e o fisioterapeuta a verificar muitas coisas com relação à função urinária, como por exemplo: quanto de urina estava na bexiga, quando a paciente começa a ter as perdas, e até quanto a bexiga é capaz de suportar. Quando não é detectado nada de anormal no exame, apenas pode-se concluir que há uma fraqueza dos músculos do assoalho pélvico para ocorrer as perdas, não é necessário o uso de medicamentos ou uma cirurgia de períneo (como é conhecida). A fisioterapia ajuda a resolver o problema, através de exercícios para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico, mudanças em alguns hábitos do dia-a-dia da paciente e orientações. E mesmo que no seu caso seja indicada a cirurgia por algum problema anatômico, a fisioterapia pode ajudar no pré e pós operatório, auxiliando as pacientes a se recuperar mais rápido e a manter a melhora obtida.

Como estamos trabalhando com uma função muscular, os resultados da fisioterapia aparecem significativamente de 2 a 3 meses de tratamento. Claro que tudo depende da força que você tinha de assoalho pélvico antes de começar o tratamento, se está indo regularmente à fisioterapia, e se segue as orientações em casa sobre os exercícios. E, mesmo que já tenha recebido alta do tratamento, é importante que continue com os exercícios em casa, para que o que ganhou de força não se perca com o tempo, pois isso não dura para sempre. É preciso disciplina para a manutenção da melhora obtida!

Texto escrito por: Lívia Frulani, fisioterapeuta pélvica

São Paulo - SP

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Instagram: @liviafrulani

Website: Fisioterapia na Saúde da Mulher - Dra. Lívia Frulani


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