Fisioterapia Pélvica na Educação em Saúde

O papel do Fisioterapeuta Pélvico na Educação em Saúde

Muito se fala da fisioterapia na reabilitação dos músculos do assoalho pélvico, mas antes de reabilitação e até mesmo de sua avaliação, o que percebo como necessidade primordial é o papel do Fisioterapeuta na Promoção de Saúde. Percebo no consultório, cada dia mais presente, a necessidade de práticas de educação em saúde fortificadas.Muitos pacientes chegam para atendimento com consciência corporal baixa, mas principalmente comautoconhecimento cada vez menor.

Uma das técnicas terapêuticas que devem ser consideradas base em nosso atendimento é a de Educação, Percepção e Compreensão. Devemos ser capazes de educar as pessoas, seja em consultório, em nossas redes sociais, em eventos, e de ensiná-las sobre sua anatomia, função e importância daquilo que abordamos tanto em nossotratamento. Em sessão não podemos abrir mão do espelho de mão, aquele que timidamente todos têm em casa e pode ser de grande valia para ativar a percepção de tudo que foi passado teoricamente. Apenas com a observação anatômica, ativação funcional  e prática dos exercícios adequados será possível a compreensão da importância das estruturas que buscamos mostrar como fundamentais.

Nós, fisioterapeutas, somos comumente vistos como profissionais ‘chatos’ porque somos vigilantes demais, percebendo constantemente: Postura, Respiração, Equilíbrio, Coordenação, Propriocepção. Meu convite com esse texto é: Tornemo-nos todos ‘chatos’, sendo responsáveis por sua própria vigilância ativa. Empenhemo-nos para que todos que convivem conosco, desde familiares até os pacientes, sejam mais conscientes de seu corpo, suas estruturas, seus padrões, suas funções e disfunções. Se todos realizarem a autoanálise constante, as sessões fisioterapêuticas serão com certeza mais proveitosas.

Mas como praticar a consciência corporal e o autoconhecimento?

A primeira dica eu já ofereci: Utilize o espelho, observe seu corpo. Compreenda-o, para que assim possa observar qualquer novidade que apareça. Isso pode ajudar muito a detectar algumas doenças precocemente.

A segunda dica é observar como seu corpo fala com você. Existe algum pensamento, alguma pessoa, algum sentimento que faz seu corpo retrair, ficar tenso e até dolorido? É importante ouvir o que nosso corpo diz, pois pode ser a chave de muitas questões.

A terceira dica é: Conheça seu corpo. Que tal traçar um mapa? Quais caminhos são bons e quais não são tão bons? Quais sensações eu tenho quando toco cada região? É bom? É ruim? Isso pode te ajudar a melhorar sua relação consigo.

A função do fisioterapeuta é passar conhecimento, de forma detalhada, com paciência e ânimo, mas o receptor desses ensinamentos também tem papel funamental: Praticar! Sejamos justos: Ninguém aprende aquilo que não é ensinado de forma dinâmica e com entusiasmo. Mas também, de nada adianta elucidar de forma positiva todo o conteúdo, se não há interesse ativo de compreensão. 

A dica de ouro é essa: 

- Fisioterapeuta, desperte curiosidade!

- Paciente, seja curioso!

 

Larissa Guerra Nammur (CREFITO 4 - 220591-F)

Fisioterapeuta – Universidade Federal do Triângulo Mineiro

➔ Atua na área de Fisioterapia Pélvica e PilatesClínico Funcional em Uberaba - MG

Mestra em Ciências – Universidade de São Paulo

➔ Áreas de pesquisa: Avaliação e tratamento dos músculos do assoalho pélvico masculino

Instagram: @larissanammur.fisio