Incontinência Urinária Infantil

Distúrbios miccionais são comumente encontrados em crianças na prática urológica pediátrica. A incontinência urinária muitas vezes leva à diminuição da auto-estima, mas também pode causar lesão renal, quando a infecção urinária de repetição ou refluxo vesico-ureteral existe. (Khen-Dunlop et al, 2005)

Enurese

Enurese noturna é a micção (ato de urinar) involuntária durante o sono, pelo menos duas vezes por semana, em crianças sem anomalias do trato urinário, ou sistema nervoso, em idade na qual o controle urinário habitualmente está presente. Considera-se que, a partir dos cinco anos de idade, a maioria das crianças saudáveis já adquiriu o controle da micção. (Sociedade Brasileira de Urologia- SBU-SP)

Aproximadamente, 15% das crianças de cinco anos de idade apresentam perdas noturnas de urina. Aos 15 anos, cerca de 1% da população apresenta enurese. Essa porcentagem cai para 0,5% nos adultos normais. A enurese noturna é mais freqüente em meninos do que em meninas.

Apesar de ocorrer controle urinário espontâneo na maioria dos casos, quando isso não acontece até os 7 anos de idade, a enurese torna-se um problema para a socialização da criança.(Sociedade Brasileira de Urologia- SBU-SP)

JAMAIS CULPE O SEU FILHO PORQUE ELE FEZ XIXI NA CAMA!  

A criança não urina na cama porque quer ou tem preguiça de se levantar! Ela ainda não adquiriu o controle necessário para sentir a vontade de urinar e ir até o toalete eliminar a urina. É necessário procurar um urologista pediátrico para realizar exames afim de verificar qual é o nível de controle da micção. Certamente, esta será encaminhada para realizar o tratamento fisioterapêutico para adquirir o controle esfincteriano e assim evitar lesões renais por infecções de repetição e se tornar um adulto com uma bexiga normal e rins normais.

Sabia que existe posicionamento correto para urinar e evacuar? As crianças serão orientadas e avaliadas pelo fisioterapeuta pélvico especialista. 

O tratamento fisioterapêutico pode ser realizado sozinho ou aliado a um tratamento clínico (médico), psicoterapêutico (psicólogos) e até mesmo nutricional (principalmente nos casos de constipação).A fisioterapia irá trabalhar os músculos do assoalho pélvico da criança, de acordo com a avaliação fisioterapêutica. Para trabalhar a condição muscular são realizados exercícios para o assoalho pélvico que constam basicamente de contrações e relaxamento deste grupo muscular. Os exercícios podem ou não estar associado ao biofeedback eletromiográfico, que é um aparelho que capta os estímulos elétricos dos músculos e forma curvas na tela de um computador. Para crianças, estas curvas podem vir em forma de desenhos como aviõezinhos, carrinhos, etc., e a criança realiza o exercício como se estivesse jogando videogame, o que torna o tratamento divertido e interessante a ela.